O Pino do Verão

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Pino do Verão

Poemas Eugénio de Andrade
Dramaturgia e Encenação João Brites
Composição e Direcção Musical Jorge Salgueiro
Espaço Cénico Rui Francisco e João Brites

Oralidade Teresa Lima

Corporalidade Sandra Rosado

Figurinos Maria Matteucci

Adereços Clara Bento

Desenho de Luz João Cachulo

Sonoplastia e Desenho de Som Sérgio Milhano

Produção Tati Mendes
Interpretação ACTORES, CANTORES e BAILARINOS

Execução Musical COROS E BANDAS DA SOCIEDADE FILARMÓNICA PALMELENSE OS LOUREIROS, SOCIEDADE FILARMÓNICA HUMANITÁRIA, SOCIEDADE FILARMÓNICA UNIÃO AGRÍCOLA e SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO MUSICAL

Criação TEATRO O BANDO

Co-Organização CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA e FIAR – CENTRO DE ARTES DE RUACo-Financiamento POR LISBOA / QREN / FEDERApoio Especial RECUPSER – INDÚSTRIA E RECUPERAÇÃO DE PALETES   

O espectáculo é apresentado pela Palmeloa, personagem principal, figura mater de Palmela, Deusa mãe, altiva, forte e geradora de paixões carnais, de cujo ventre brotam os elementos Água, Ar, Terra e Fogo. O Senhor de Branco é o destino que assiste e conduz os povos na procura da felicidade. Ele é o guia que ampara a Avó Camponesa e a incentiva a inventar a sua própria deusa.
Os Mordomos da festa são os quatro filhos da deusa. São eles que garantem que o julgamento tenha lugar todos os anos. O Mordomo do Ar acasala com o da Terra e tem dois filhos. O Mordomo do Fogo acasala com o da Água e tem duas filhas. As filhas de um acasalam com os filhos do outro. Os Vassoureiros são os filhos dos Mordomos que vão ficar de guarda ao jazigo. Do ventre da Vassoureira da Primavera saem 24 filhos Vassoureiros.

Os diabretes são a representação sarcástica dos povos oprimidos. Hoje apanham ar apenas por alguns minutos para serem julgados. A maioria deles vai acabar por sucumbir como penitentes, ficarão enclausurados mais um ano para expiação das suas culpas. Um deles será libertado para ver se ganhou juízo.

Libertem-se! Dizem jocosamente os Mordomos e os Contadores em coro. Libertem-se! Sussurram e gritam os povos de todos os tempos. Amem as pedras e as mãos, as florestas e os mares. Aproveitem o PINO DO VERÃO, dancem, durmam, e bebam à saúde da vida que estala por todo o lado. Como os santos se penduram nos poços e no mar de cabeça para baixo quando não protegem os seus crentes, também agora se castigam à vassourada e se soterram os diabretes – não há meio de aprenderem a libertar-se para sempre.